sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Embalagem, Reciclagem, Sustentabilidade


Da Pilha de Lixo para as Áreas de Novos Produtos
Case TerraCycle

Do mix formado por um sonho, capacidade empreendedora e uma visão vanguarda para criação de um negócio, surgiu TerraCycle. Tom Szaky tinha o sonho de transformar lixo em produtos, e assim ele abandonou a faculdade após vivenciar a potencialidade do adubo gerado por minhocas, isso meso, ele começou a vender adubo 100% verde embalado em garrafas de PET recicladas, após uma experiência com seu pé de maconha “Marley”. Depois vieram sacolas, mochilas, e outros produtos fabricados com embalagens de alimentos descartados, tais como, sacos de salgadinho e embalagens de barrinhas de cereais. “Isso, é claro, com o consentimento e apoio das empresas fabricantes desses produtos, como Kraft e Pepsico, que viram na idéia de Szaky uma ótima oportunidade para dar um destino correto para os seus resíduos – que até então iam parar em lixões e aterros sanitários.”*

A TerraCycle já iniciou suas operações no Brasil,  e esta costurando alianças para ampliar a produção de seus produtos, com empresas tais como, Johnson & Johnson, da Nestlé, do Pão de Açúcar e Carrefour. “Até agora, a empresa fabricava no Brasil, com a ajuda de uma ONG de Curitiba, a Solidarium, vários artigos a partir de embalagens de salgadinhos da Pepsico, como Doritos, Ruffles e Fandangos, e só era possível comprá-los em lojas do Walmart. Em breve, a TerraCycle também começará a fabricar mochilas e outros itens com embalagens descartadas de Tang, marca de suco em pó da Kraft.”

A pesar de ser uma empresa administrada por jovens... ”ninguém confunda essa suposta descontração com falta de seriedade e de vontade de ganhar dinheiro. Segundo Zakes, a TerraCycle registrou o seu primeiro lucro no último trimestre do ano passado e deverá fechar 2010 no azul. Mas o viés ambiental e social do negócio é muito forte. Quando o site da TerraCycle no Brasil entrar no ar *pra valer no início da próxima semana, escolas públicas de todo o país e ONGs poderão se cadastrar para coletar embalagens descartadas de alimentos. Em troca, elas ganharão alguns centavos de real por cada embalagem enviada pelo correio que, a propósito, será pago pela empresa. Nos Estados Unidos, onde esse modelo de coleta já está implantando há cerca de dois anos, cerca de 60 000 escolas e entidades estão cadastradas.”*

O que mais me interessou neste caso não é somente a participação da embalagem, ou melhor, da reciclagem de embalagens na produção de novos produtos, mas a “química” gerada pela união do sonho do jovem Tom, com a inovação na criação dos produtos, e visão de vanguarda para gestão do negócio. Conseguindo unir questões econômicas, porque toda e qualquer empresa precisa ganhar dinheiro para sobreviver, gerar empregos, pagar salários, fazer a roda girar. Questões sociais, incentivando escolas e associações de catadores a recolher o material necessário para sua produção, que irão gerar fundos para eles, com plus que nas escolas ainda se pode trabalhar a questão educacional da coleta de lixo. E por último, mas não menos importante, a questão da preservação ambiental, possibilitando uma melhor gestão dos resíduos urbanos, por conseqüência, a preservação da natureza e seus recursos. Essa “química” entre Tom e seus produtos, possibilitou uma oportunidade de geração de benefícios para toda a cadeia que envolve os seus produtos, indústria, sociedade e natureza.

Vale a pena a leitura da matéria da Exame e uma visita aos sites das empresas, vejam os links abaixo.

José Eduardo Tavares


Links:    TerraCycle
            Solidarium

Pontos de Venda: WalMart

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