Em uma conversa com um bom colega de trabalho, discutimos sobre critérios para a escolha do material de embalagem correto para um determinado produto; que características deveríamos levar em consideração, que fatores deveriam ser considerados... então decidi trazer a tona a questão publicando uma parte da apostila do curso de design de embalagem e deixar o tema em aberto para os amigos participarem.
De cada iceberg, apenas cerca de 10% da sua massa emerge à superfície.
A ponta do Iceberg
Como escolher o material de embalagem correto
Para o consumidor o design de embalagem fica claro em sua presença mais externa, que é o aspecto visual que a embalagem transpira para o produto, porém essa é apenas a ponta de um iceberg, pois não podemos nos esquecer que no pronto de venda o consumidor compra o produto e não a embalagem. Não ficamos satisfeitos se compramos um produto que não satisfaz ou não esta em condições de uso apenas por estar embalado com primor.
Cada produto tem suas características químicas e físicas, que os tornam mais ou menos suscetíveis a oxidação, a luz, a umidade, a temperatura, entre outras condições, o que torna cada produto um caso em especial. Por isso devemos conhecer as condições ideais de acondicionamento de cada produto, as legislações que as regulamentam, para otimizar o transporte do produto, para que se poça atender as necessidades básicas de qualquer embalagem (proteger, conter e transportar), fazendo com que o mesmo chegue ao seu consumidor final em condições de consumo, controlando assim os fenômenos que podem de alguma forma influenciar na vida útil do produto.
Conhecer as especificações do produto a ser acondicionado não é o ponto final, mas o início de nossa caminhada. Questões como custos, impacto ambiental, percepção do consumidor, especificações e andamento em máquina, são pontos que o próprio desenvolvimento do projeto deverá responder, com apoio das áreas envolvidas e com a participação dos fornecedores, apoio fundamental no desenvolvimento de embalagem.
De uma forma genérica podemos enumerar sete critérios para que a embalagem venha atender as condições relacionadas acima, que são os seguintes:
· Características e especificações químicas e física do produto a ser acondicionado, que determinam necessidades de acondicionamento e conservação;
· As possibilidades de formatos e produtividade que os equipamentos da área de acondicionamento possui;
· Apresentações a serem comercializadas;
· Custos e aspectos mercadológicos;
· Condições de armazenagem e distribuição;
· Procedência e processamento das matérias-primas, reciclabilidade do material pós-uso;
· Normas e legislações específicas.
Vale lembrar que dificilmente algum material irá cumprir de maneira ideal todas as condições relacionadas acima, normalmente é necessário reduzir um benefício em detrimento de outro considerado prioritário. Outra questão é que a embalagem é um conjunto e todas as partes devem funcionar em sincronia. Se uma parte falha, todo o conjunto fica prejudicado, exemplo: o blister com o laminado de alumínio de alta qualidade porém a qualidade do laminado de PVC com a permeabilidade fora de especificação, o produto estará exposto a uma condição adversa fora do planejado, prejudicando e comprometendo a estabilidade do produto.
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